Decidir-se a viajar na Quarta-feira dia 28 sem saber ao certo para onde...
No mesmo dia reservar dois lugares para a mesma pessoa, para dois destinos diferentes, na mesma companhia aérea, às mesmas horas e dias de ida e volta ...
Na Quinta-feira baralhar-se até à ultima da hora e comprar afinal um bilhete AR Praia - S. Felipe (ilha do Fogo) para partir às 15h40 do dia seguinte...
Foi o tempo que durou a planear a minha 1a viagem à ilha do Fogo.
Como de costume, deixara para a ultima da hora o expediente respeitante à festa de passagem de ano 2005®06, num misto de indecisão e de tentativa de ganhar tempo para melhor escolher. As duas possibilidades mais credíveis apontavam 1° para o Tarrafal (ilha de Santiago) e depois para Pedra de Lume (ilha do Sal) até 3 dias antes desse famoso dia 31. No entanto, a ideia de ir ao Fogo era anterior e não estava necessariamente dependente da quadra festiva em questão. Os prós e os contras de cada uma devidamente pesados a decisão não estava fácil. Bastou um telefonema exploratório ao meu amigo de longa data CA Reis para que a decisão se aclarasse. Entre o Tarrafal, o Sal e o Fogo, este ultimo tinha o atractivo de ser a 1a vez. Mas não só! Entre eu e o CA Reis existe uma daquelas amizades que o banco da escola criou e o tempo perdurou. Encontramo-nos de tempos em tempos mas quando isso acontece fazemos o ponto da situação das nossas vidas em pequenos resumos e muita outra coisa “fixe”: uns toques de violão, umas boas conversas politicamente faladas, momentos mais filosofais, sem esquecer uns refrescos super-bockianos quando não for um xarope grogueano a meio de uma conversa FIADA (marca do excelente grogue que o CA Reis tinha à espera)
S. Felipe é uma cidade pequena, limpinha, à beira-mar, que me surpreendeu positivamente. Ali ao lado pode-se avistar a ilha da Brava de muito perto. Concordo perfeitamente com o Fidel (nome próprio de um amigo do CA Reis, também ele jovem profissional em missão na ilha) quando ele me diz que mantendo-se o seu quadro pessoal e profissional actual ele dificilmente voltará a viver na Praia. Gostei de ver que algumas importantes responsabilidades administrativas, sanitárias e judiciárias eram asseguradas por jovens profissionais (sub 30), alguns deles antigos colegas meus dos bancos da escola, e que tão boa conta do recado têm dado. Por exemplo, as duas autoridades máximas do poder judicial (o Juiz e a Procuradora da Republica) na ilha são dois jovens magistrados na casa dos 27 e 28 anos. O médico Delegado do Ministério da Saúde idem, assim como outros membros da equipa médica.
O CA Reis tratou de me dar umas voltas pela parte histórica da cidade, subindo às zonas de extensão da cidade, bem como ao Cais e à praia da malta. Pelo meio ainda fomos passear até Ponta Verde com o Fidel e o tio Mário. Os principais pontos de encontro da malta parecem ser o Djidja’s (bar - discoteca) e o Café Fixe, ambos lugares tranquilos para um “rendez-vous”, uma boa cerveja ou um qualquer bate-papo. Como de costume, lá me fui achando cantor e acabei no pequeno palco do Djidja’s de guitarra ao colo e bem secundado pelo CA Reis (em tempos o dueto mais famoso da Lisboa estudantil cabo-verdiana: Paulo Ganzas & Olavo Blaaaaaaack). Na tarde do dia 31 o dueto voltou a fazer estragos. Desta vez fomos ao estúdio (quarto), a solos, fazer reboliço durante umas 5 horas de bom feeling e conversa fiada. Como diria o CA Reis, experimentamos varias linhas melódicas (???) inclusive alguns desafinados. Qual Tom Jobim bem que podíamos tentar compor um Desafinado.
A Festa da passagem ano no Tropical Bar tinha bom potencial. Musica à abrir, bar aberto e umas quantas “piquenas”...Pessoalmente, talvez tenha acusado algum desgaste da minha semana na Praia e acabei mais “bebedor” do que empreendedor ou “badjador” (badju = dança). Ou talvez não. Pode ser que sejam sinais dos tempos. Qual jogador de futebol a carreira de um boémio tem altos e baixos...
Já perto do fim, e depois a caminho da Praia, ainda troquei alguns contactos promissores (...) na certeza de que vale a pena voltar mais vezes ao Fogo.
Milton Paiva
No mesmo dia reservar dois lugares para a mesma pessoa, para dois destinos diferentes, na mesma companhia aérea, às mesmas horas e dias de ida e volta ...
Na Quinta-feira baralhar-se até à ultima da hora e comprar afinal um bilhete AR Praia - S. Felipe (ilha do Fogo) para partir às 15h40 do dia seguinte...
Foi o tempo que durou a planear a minha 1a viagem à ilha do Fogo.
Como de costume, deixara para a ultima da hora o expediente respeitante à festa de passagem de ano 2005®06, num misto de indecisão e de tentativa de ganhar tempo para melhor escolher. As duas possibilidades mais credíveis apontavam 1° para o Tarrafal (ilha de Santiago) e depois para Pedra de Lume (ilha do Sal) até 3 dias antes desse famoso dia 31. No entanto, a ideia de ir ao Fogo era anterior e não estava necessariamente dependente da quadra festiva em questão. Os prós e os contras de cada uma devidamente pesados a decisão não estava fácil. Bastou um telefonema exploratório ao meu amigo de longa data CA Reis para que a decisão se aclarasse. Entre o Tarrafal, o Sal e o Fogo, este ultimo tinha o atractivo de ser a 1a vez. Mas não só! Entre eu e o CA Reis existe uma daquelas amizades que o banco da escola criou e o tempo perdurou. Encontramo-nos de tempos em tempos mas quando isso acontece fazemos o ponto da situação das nossas vidas em pequenos resumos e muita outra coisa “fixe”: uns toques de violão, umas boas conversas politicamente faladas, momentos mais filosofais, sem esquecer uns refrescos super-bockianos quando não for um xarope grogueano a meio de uma conversa FIADA (marca do excelente grogue que o CA Reis tinha à espera)
S. Felipe é uma cidade pequena, limpinha, à beira-mar, que me surpreendeu positivamente. Ali ao lado pode-se avistar a ilha da Brava de muito perto. Concordo perfeitamente com o Fidel (nome próprio de um amigo do CA Reis, também ele jovem profissional em missão na ilha) quando ele me diz que mantendo-se o seu quadro pessoal e profissional actual ele dificilmente voltará a viver na Praia. Gostei de ver que algumas importantes responsabilidades administrativas, sanitárias e judiciárias eram asseguradas por jovens profissionais (sub 30), alguns deles antigos colegas meus dos bancos da escola, e que tão boa conta do recado têm dado. Por exemplo, as duas autoridades máximas do poder judicial (o Juiz e a Procuradora da Republica) na ilha são dois jovens magistrados na casa dos 27 e 28 anos. O médico Delegado do Ministério da Saúde idem, assim como outros membros da equipa médica.
O CA Reis tratou de me dar umas voltas pela parte histórica da cidade, subindo às zonas de extensão da cidade, bem como ao Cais e à praia da malta. Pelo meio ainda fomos passear até Ponta Verde com o Fidel e o tio Mário. Os principais pontos de encontro da malta parecem ser o Djidja’s (bar - discoteca) e o Café Fixe, ambos lugares tranquilos para um “rendez-vous”, uma boa cerveja ou um qualquer bate-papo. Como de costume, lá me fui achando cantor e acabei no pequeno palco do Djidja’s de guitarra ao colo e bem secundado pelo CA Reis (em tempos o dueto mais famoso da Lisboa estudantil cabo-verdiana: Paulo Ganzas & Olavo Blaaaaaaack). Na tarde do dia 31 o dueto voltou a fazer estragos. Desta vez fomos ao estúdio (quarto), a solos, fazer reboliço durante umas 5 horas de bom feeling e conversa fiada. Como diria o CA Reis, experimentamos varias linhas melódicas (???) inclusive alguns desafinados. Qual Tom Jobim bem que podíamos tentar compor um Desafinado.
A Festa da passagem ano no Tropical Bar tinha bom potencial. Musica à abrir, bar aberto e umas quantas “piquenas”...Pessoalmente, talvez tenha acusado algum desgaste da minha semana na Praia e acabei mais “bebedor” do que empreendedor ou “badjador” (badju = dança). Ou talvez não. Pode ser que sejam sinais dos tempos. Qual jogador de futebol a carreira de um boémio tem altos e baixos...
Já perto do fim, e depois a caminho da Praia, ainda troquei alguns contactos promissores (...) na certeza de que vale a pena voltar mais vezes ao Fogo.
Milton Paiva
2 comments:
Hello!
Excelente ideia! Agora nao tens mesmo desculpa para nao dar noticias... Eu vou continuar a ser preguiçosa e vou-me limitar a deixar alguns comments no teu Blog, mas eu sei que me desculpas! :)Pode ser que depois eu ganhe animo para escrever mais seja por mail ou algo parecido!
Beijinho grande e fico à espera de mais noticias!
És de facto irresponsável, começar 3dimensional com lembranças de boémia. Mas benvindo ao mundo da comunicação. E fico à espera, sem antecedências convencionais, um regresso ao "burcan".
Aquele abraço.
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