Servem estas notas para, com o estilo possível, fazer memória, recordar, fazer notícia. O interesse jornalístico da notícia não valerá, porventura, os 100$00 que custaria aceder, à versão papel, de A Semana, Expresso ou Nação mas, na opinião e sentir do cronista solista (ao Sol e a solo), valerá imensamente mais, muito mais escudos e amizades.
Que pena tenho hoje dos muitos momentos mágicos, sejam individuais ou colectivos, que nem a ponta duma esferográfica, nem uma película de outrora, me fizeram o favor de guardar. Para pessoas, como eu, cuja memória do passado longínquo, é muito pouco visual e detalhada (bastante vaga, perdem-se detalhes deliciosos) é sempre aconselhável um qualquer ‘flash’ e/ou umas curtas linhas.
Foi assim que, desde o INTER-BUS 05 (viagem por cidades europeias, conf. Relatos in Blog) fixei como objectivo uma notícia por cada aventura. Cumpri em Dezembro 05 e Fevereiro 06 aquando do FOGO e BRAVA (conf. Crónicas in Blog) e, apesar de nada ter escrito, guardei imagens deliciosas do ST. MARIA – MINDELO (Reveillon 06).
Passe a introdução, entre tentações Fortalezianas e LasPalmianas, acabei por dedicar as minhas mini-férias do Verão 07 ao projecto lúdico e cultural que chamei de INTER-ILHAS 07. Quem me conhece, e me atura regularmente, já devia estar farto de me ouvir lamentar o quanto me dariam jeito umas férias do estilo retiro espiritual onde o encontro comigo próprio pudesse levar vantagem sobre os encontros com a ‘galera’ ou ‘maltas’. Quiçá sintoma etário (a virar cota!), ou simples reflexo do estilo de vida de uma geração competitiva, ambiciosa e acelerada (precipitada para alguns!) creio ser a primeira vez que terei sentido essa necessidade alarmante de, por alguns dias, cultivar a preguiça total, a antipatia, a fuga, a solidão, o anonimato, a lei seca (quase-sem álcool, sim, sim, Zezito).
O INTER-ILHAS 07 consistia pois em buscar a PAZ, durante 10 dias (e noites!), num trajecto bastante livre e tranquilo (podia alterar as datas de partidas e chegadas, nunca sabia ao certo os sítios onde ia ficar, com excepção da passagem por St. Maria.
Praia - Mindelo - Porto Novo - St. Maria - Sal Rei - Praia (Santiago, S.Vicente, St. Antão, Sal e Boavista, dica para leitores forasteiros) foi o trajecto previsto, sendo que Porto Novo e Sal Rei eram estreias absolutas no meu tardio projecto inter-ilhas, uma espécie de “conhecer cá dentro depois de conhecer lá fora” (parece mais fácil de fazer ao contrário). Depois deste “Tour” já só faltará passar por St. Luzia (em S.Vicente estão a organizar uns safaris bons para lá ir, caso a pensar), S.Nicolau e Maio. Fechar-se-ia, dessa forma, a volta aos “ dez grãozinhos di terra” que Deus terá feito, sem querer, ao sacudir os restos de terra que lhe pendiam na mão, depois da feitura de Angola e do Continente.
Sem querer entrar muito nos detalhes, porque isso daria trabalho a ambos – cronista e leitor – (work e coisa non-grata por estes dias) merecem todavia destaque, no meio desse imenso ócio, preguiça e não-fazer, alguns programas como a viagem de Catamaram a Porto Novo, umas voltas de bicicleta pela cidade do Mindelo, bons mergulhos na piscina do Porto Grande, o 2º dia do Festival de St. Maria, umas idas ao teatro do MindelAct 07 (para ver o Holocausto, Praia.Mov e Sozinha no Palco) na companhia da R (obrigado R, foste uma companhia polémica mas muito prazerosa).
Uma coisa é certa, não bastam 10 dias de Paz para depois lhe declarar guerra nos restantes trezentos e cinquenta e tais dias por ano. Temos que inventar mais dias assim em cada mês e ano.
Em dia de AC Milan – SL Benfica para a Liga dos Campeões, com o ilhéu de Sal Rei na mira uns metros ao largo, o resto já se sabe. A VISTA é mesmo BOA. Não me atrevo a descrever o resto porque é melhor ver pra crer. Já a pensar no mergulho nesse imenso verde e azul a dez passos, sem poder alugar uma prancha de surf no ‘Happy Surf’ (por não saber surfar!) confesso, a fechar a notícia, que terei encontrado, nestas mini-férias, a PAZ tridimensional: 1- a de corpo e espírito, 2- a de uma amiga nossa das canárias com esse nome, 3- a da residencial italiana onde fiquei em Sal Rei (de nome A PAZ).
Apesar da R me ter gozado a pinta de turista (saquinho as costas, câmara fotográfica no bolso, Guia turístico 07 em punho, e alvo regular dos pedintes) asseguro-vos que, mesmo para os nacionais, pode dar muito jeito uma espreitadela à versão papel ou online do: www.guiadecaboverde.cv (tenho de cobrar esta publicidade internacional à Cabo Verde Investimentos!)
Sal Rei
(18.09.07)
Com Paz e amizade,
Milton Paiva
Que pena tenho hoje dos muitos momentos mágicos, sejam individuais ou colectivos, que nem a ponta duma esferográfica, nem uma película de outrora, me fizeram o favor de guardar. Para pessoas, como eu, cuja memória do passado longínquo, é muito pouco visual e detalhada (bastante vaga, perdem-se detalhes deliciosos) é sempre aconselhável um qualquer ‘flash’ e/ou umas curtas linhas.
Foi assim que, desde o INTER-BUS 05 (viagem por cidades europeias, conf. Relatos in Blog) fixei como objectivo uma notícia por cada aventura. Cumpri em Dezembro 05 e Fevereiro 06 aquando do FOGO e BRAVA (conf. Crónicas in Blog) e, apesar de nada ter escrito, guardei imagens deliciosas do ST. MARIA – MINDELO (Reveillon 06).
Passe a introdução, entre tentações Fortalezianas e LasPalmianas, acabei por dedicar as minhas mini-férias do Verão 07 ao projecto lúdico e cultural que chamei de INTER-ILHAS 07. Quem me conhece, e me atura regularmente, já devia estar farto de me ouvir lamentar o quanto me dariam jeito umas férias do estilo retiro espiritual onde o encontro comigo próprio pudesse levar vantagem sobre os encontros com a ‘galera’ ou ‘maltas’. Quiçá sintoma etário (a virar cota!), ou simples reflexo do estilo de vida de uma geração competitiva, ambiciosa e acelerada (precipitada para alguns!) creio ser a primeira vez que terei sentido essa necessidade alarmante de, por alguns dias, cultivar a preguiça total, a antipatia, a fuga, a solidão, o anonimato, a lei seca (quase-sem álcool, sim, sim, Zezito).
O INTER-ILHAS 07 consistia pois em buscar a PAZ, durante 10 dias (e noites!), num trajecto bastante livre e tranquilo (podia alterar as datas de partidas e chegadas, nunca sabia ao certo os sítios onde ia ficar, com excepção da passagem por St. Maria.
Praia - Mindelo - Porto Novo - St. Maria - Sal Rei - Praia (Santiago, S.Vicente, St. Antão, Sal e Boavista, dica para leitores forasteiros) foi o trajecto previsto, sendo que Porto Novo e Sal Rei eram estreias absolutas no meu tardio projecto inter-ilhas, uma espécie de “conhecer cá dentro depois de conhecer lá fora” (parece mais fácil de fazer ao contrário). Depois deste “Tour” já só faltará passar por St. Luzia (em S.Vicente estão a organizar uns safaris bons para lá ir, caso a pensar), S.Nicolau e Maio. Fechar-se-ia, dessa forma, a volta aos “ dez grãozinhos di terra” que Deus terá feito, sem querer, ao sacudir os restos de terra que lhe pendiam na mão, depois da feitura de Angola e do Continente.
Sem querer entrar muito nos detalhes, porque isso daria trabalho a ambos – cronista e leitor – (work e coisa non-grata por estes dias) merecem todavia destaque, no meio desse imenso ócio, preguiça e não-fazer, alguns programas como a viagem de Catamaram a Porto Novo, umas voltas de bicicleta pela cidade do Mindelo, bons mergulhos na piscina do Porto Grande, o 2º dia do Festival de St. Maria, umas idas ao teatro do MindelAct 07 (para ver o Holocausto, Praia.Mov e Sozinha no Palco) na companhia da R (obrigado R, foste uma companhia polémica mas muito prazerosa).
Uma coisa é certa, não bastam 10 dias de Paz para depois lhe declarar guerra nos restantes trezentos e cinquenta e tais dias por ano. Temos que inventar mais dias assim em cada mês e ano.
Em dia de AC Milan – SL Benfica para a Liga dos Campeões, com o ilhéu de Sal Rei na mira uns metros ao largo, o resto já se sabe. A VISTA é mesmo BOA. Não me atrevo a descrever o resto porque é melhor ver pra crer. Já a pensar no mergulho nesse imenso verde e azul a dez passos, sem poder alugar uma prancha de surf no ‘Happy Surf’ (por não saber surfar!) confesso, a fechar a notícia, que terei encontrado, nestas mini-férias, a PAZ tridimensional: 1- a de corpo e espírito, 2- a de uma amiga nossa das canárias com esse nome, 3- a da residencial italiana onde fiquei em Sal Rei (de nome A PAZ).
Apesar da R me ter gozado a pinta de turista (saquinho as costas, câmara fotográfica no bolso, Guia turístico 07 em punho, e alvo regular dos pedintes) asseguro-vos que, mesmo para os nacionais, pode dar muito jeito uma espreitadela à versão papel ou online do: www.guiadecaboverde.cv (tenho de cobrar esta publicidade internacional à Cabo Verde Investimentos!)
Sal Rei
(18.09.07)
Com Paz e amizade,
Milton Paiva